terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Breve Analise do Resultado das Eleições em J. Gomes


Depois de dias de acusações e intrigas políticas, as eleições em Joaquim Gomes chega ao fim; há quem diga que não, mas tudo bem. O importante é que a situação na qual o município estava mergulhado foi à parte “resolvido”. Pois, bem sabemos que o sentido de resolvido refere-se à situação política, e não social. O silêncio tomou conta das ruas, após vários dias de muito barulho, cada um que mostrasse suas músicas, e ao mesmo tempo esqueceram que música de campanha, ou jingle, deve ser uma só. Assim como fez o ex-presidente Luiz Inácio LULA da Silva, em suas campanhas presidenciais desde 89, que sempre utilizou aquela que dizia “Lula lá, Lula lá”. Em fim você(s) deve(m) lembrar.
 Outra coisa que nos chama a atenção é as atiradas políticas que são utilizadas, ou mesmo como frisou a socióloga Aldjane de Oliveira “A presença do religioso é muito forte na política, principalmente nos interiores” Essa observação vem do que muito foi utilizado durante as eleições local, ou seja, a presença do “bem e do mau” nos comícios e palanques. Facilmente ouvíamos repetidamente a colocação de natureza pejorativa para os candidatos. Todo mundo fazia parte do bem, e do mau. Cada um que atacasse de forma direta, ou indireta.
Deficiências aparte vamos ao que interessa, ou seja, o resultado das eleições, que a meu ver obteve grande representatividade no que se referem a rejeições, opções e aceitação. Depois dos resultados obtidos nas urnas pelos candidatos, sempre fica a dúvida quem votou em quem? O que sei é que boa parte votou nos seus interesses, já que “defendemos tudo aquilo que é nosso por interesse”. E sobre os votos nulos; votos de protesto, ou de pessoas que erraram ao digitar? Já que a expressão foi muito alta, com quase 40 votos; o que não quer dizer que as pessoas não tenham adquirido um senso critico, mas que os números realmente assustam. E por outro lado os votos brancos somaram 93.
Acredito que tenha havido erros de digitação na hora de votar, já que boa parte das pessoas que dizem não terem candidatos, por não concordarem com o seu modelo de política, dizem que irão votar em branco e quase nunca nulo. Mostrando a falta de conhecimento que há entre o voto nulo e o voto branco. O voto nulo representa um voto de protesto e de insatisfação com os candidatos propostos, e não somam para ninguém, pelo contrario representa algo muito importante para a democracia e para o social-politico de quem expressa sua insatisfação. Por outro lado o voto branco é um voto que não faz diferença, digo não tem um significado, se não o de quem simplesmente não quis votar, já que votando em branco está contribuindo para o candidato que estiver à frente.
Algo importante dito pelo mestrando em sociologia pela Universidade Federal de Alagoas, Daril Weslen é que “Muitos não votaram no Toinho, votaram contra a Cristina Brandão” E ao mesmo tempo sabemos que “o Antonio Batista possui uma quantidade de voto “cativa”, ou seja, que é dele há muitos anos. Ele tem tradição política local,” como frisou o graduando em História Bacharelado pela Universidade Federal de Alagoas, Fernando Milton de Mendonça. Pois bem, o candidato tucano não se diferencia tanto assim da ex-prefeita Cristina Brandão, pois seu governo foi estruturado de facilitação para alguns, ou, para algumas famílias, perseguição a funcionários e com criticas de terceiros de desvio de verbas, como ouvíamos nos comícios.
Esperamos que com o apoio da sua cúpula ele faça um governo verdadeiramente diferente do seu mandato anterior; eu pelo menos não acredito tanto. Por outro lado a rejeição ficou por parte do candidato do PP que devido à sombra da ex-prefeita teve uma alta rejeição. Nego Sarapião, que utilizou o slogan “Nunca se fez tanto em tão pouco tempo” mostrou que o seu trabalho foi reconhecido por mais de mil pessoas, e claro muitas outras que apesar de elogiá-lo não o deu um voto, por não acreditar na sua vitória, e assim favorecer a “vitória” da ex-prefeita.
Certamente, após a boa expressão de voto que o candidato Marcelino Sarapião obteve, torna-se um forte candidato para o próximo pleito, seja como vereador, ou como vice-prefeito, ou mesmo prefeito. Entretanto as pessoas que deram um voto de confiança em seu trabalho, ou de gratidão, certamente se sentiram satisfeito, pois essa eleição foi a mais rica de todos os tempos; acredito que nunca se tenha gasto tanto dinheiro para eleger um candidato, como foi o caso dos candidatos do PSDB e PP. Se o candidato do PSL tivesse gasto metade do dinheiro que foi investido pelos seus adversários certamente teria obtido o dobro da quantidade de votos depositado em sua confiança.
Esperamos que o novo prefeito ao assumir não traga consigo seu tradicionalismo, e o hábito do seu partido em não fazer concurso. Como também que ao lado de sua vice e do vereador Dil, possam realizar um projeto político que vise o social, e as pessoas que realmente precisam, e não tão somente as mesmas famílias por ele beneficiado. E que ao nomear seus secretariados, não ponha a frente à questão eleitoreira, mas sim a de competência. Para concluir, os votos de “confiança” não acredito que o seu grupo se mantenha de pé até o fim do ano, pois cada um que investiu altos valores, irão querer a mais gorda fatia do bolo, de repente até chegue devido a próxima eleição. Pois, não iremos cair no conto do vigário em acreditar que tudo foi por amor a J. Gomes.

Um comentário:

  1. Boas palavras! comungo da frase "essa foi a eleição mais rica", pois tivemos opções desta vez; mesmo que a maioria não tenham enxergado isto. O que resta é o desejo de pessoas competentes, e não caras bonitinhas, sejam colocadas à frente das secretarias. E que agora se comece uma nova era para a política local, que apesar de tudo aos poucos está evoluindo.E qua assim como na ciência, que na política também, o religioso e o conservadorismo dê lugar à racionalidade e às decisões acertadas. Joaquim Gomes precisa renovações ideológicas( o que já existe, que esta seja propagada através da educação e da conscientização política.ALDJANE.

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