quarta-feira, 24 de agosto de 2011

49 Anos de Idade e de Tantas Outras Coisas...

Joaquim Gomes chega aos seus 49 anos de idade e de muitas lutas, algumas até hoje travadas pelo poder político, outras pela simples sobrevivência de seus oriundos que por não notarem nenhuma perspectiva de vida, são obrigados a tentar a vida em outro lugar, aonde possa ao menos levar uma vida mais digna. Claro essa miserabilidade está presente em todo o país, e mais vigente em Alagoas, que carrega sobre os ombros péssimos índices, por causa de políticos que não tem nenhum comprometimento com o Estado.
O nosso município preste a completar quase meio século de vida passa por um momento político inédito na sua história, e possivelmente na história do país; pois esse fato, ao qual me refiro já se arrasta há mais de dois anos, e provavelmente iremos até o próximo pleito da maneira que estamos, mas esse não é o nosso objeto de estudo no momento.
Muito se comemora nessa data, porém para poucos se dão as devidas homenagens, pois não podemos esquecer que a origem de Joaquim Gomes está claramente ligada à história da Aldeia Wassu – Cocal, ainda quando Urucu (remota 1888) já estava situado nessa região, e mais tarde daria nome à vila Urucu, deste modo muito contribuiu para o que hoje é a cidade de Joaquim Gomes.
Mesmo com tal importância os indígenas tiveram parte de suas legítimas terras tomadas por fazendeiros da época, foram caçados e outros até se tornaram fugitivos, algo típico na formação do nosso país, bem como a prática da grilagem, que ainda é tão comum, e em Joaquim Gomes não foi diferente.
Entretanto, muito se comenta a respeito dos índios que lá na aldeia Wassú-Cocal vivem, como por exemplo, a sua “originalidade”, ou seja, facilmente escutamos dizer “eles não são índios de verdade, são todos caboclos”. Uma forma pejorativa encontrada por fazendeiros para lhes negar o direito à posse da terra. 
Outra personalidade importante para a história de Joaquim Gomes, e que deveria ser devidamente homenageado é o Sr. Gendevaldo, sendo ele o quinto prefeito e deles o único vivo, tendo bastante história para contar a respeito de toda trajetória juruquense, também sendo um dos prefeitos que mais trabalhou para a construção do município, pois constatamos que é a partir de Gendevaldo que J. Gomes conhece a “civilização”, ou seja, é quando o município se depara com a modernidade e o progresso.
 Entretanto, Joaquim Gomes vai aos poucos se deparando com novos pensamentos, com outras novidades e que certamente aos poucos irá contribuir para o seu crescimento e engrandecimento. Certamente esse futuro não está tão distante da realidade, pois hoje agradecemos a todos os quais já estiveram sobre esse solo, lutando pelo direito do próximo, aos que somaram forças juntamente com esse povo “valente” e sofredor, para que nessa da data de comemoração pudéssemos comemorar mais um ano de vida da nossa terra, já tão manchada de sangue e suor por aqueles que deram suas cabeças por mais dignidade, respeito e por possibilidade de um futuro melhor.